Já adianto que deixei o projeto por encontrar uma maneira mais viável para solucionar a minha vontade de não pegar mais trânsito dirigindo um carro (São Paulo é cruel...rs) e as próximas etapas mexeriam muito a bike que modificações irreversíveis. Em outro post estarei mostrando qual foi esta solução.
Antes de montar as células de bateria, neste caso as de Lithium-ion de 3,7volts e 2200mAh cada célula, precisamos definir o motor a ser utilizado. Meu primeiro desafio foi o torque do motor e o mais fácil seria algum de 12V, que consumisse baixa amperagem e um conversor de torque. Peças do setor automotivo podem ser utilizadas como motores dos limpadores de parabrisas e outros que possuem um bom torque. Não entrarei no mérito dos cálculos mas aconselho buscar pelos "Data Sheets" de motores nos fabricantes para obter informações mais concretas.
Esta etapa parecia bem fácil pois eu já possuía as células de bateria retiradas de baterias usadas para os testes, só que não. Me questionei sobre os kits de bike elétrica que na maioria são de 36 volts, 48 volts, eu queria de 12 Volts pois assim teria mais amperagem com as células ligadas em paralelo e são mais fáceis de encontrar, lembrando que tudo isso foi feito em 2012, hoje em dia temos mais opções no mercado. Bom, perdi alguns documentos para colocar no blog mas resumindo, um motor elétrico de corrente contínua de 24 volts consome praticamente a metade da amperagem que um motor de 12 volts consumiria, encontrado o embasamento científico coloco no blog, lembro que encontrei um material muito bom sobre o assunto.
Enfim, na época eu aconselharia escolher o motor com torque, consumo desejado, engrenagens etc, mas hoje os kits estão mais fáceis de serem encontrados e com baterias de Lithium, na época eram utilizadas baterias de chumbo, pesadas e com pouca autonomia.
Vamos para as fotos mostrando a construção das células, eu defini que queria 14,8 Volts por célula, sendo cada célula formada por 4 baterias de 3,7 Volts de 2200mAh ligadas em série, com isso eu ligaria as outras células conforme desejado.
Proteger com algum adesivo:
Fazer outros "packs" :
Proteger melhor e isolar para que não haja curto por conta de atrito. Se essas baterias derem curto..... perco a bike, sem brincadeira.
E a parte esperada, inserir as baterias na bike.
O pedivela vou removido pois a ideia era adaptar uma engrenagem para que o motor elétrico funcionasse e poder pedalar em caso de alguma falha.
Eis uma das fotos perdidas, utilizei uma placa de climatizador de caminhão para controlar as velocidades do motor , um tipo de PWM.
Bom, a bike voltou a ser o que era, eu mexi na bike pois não tinha outra, felizmente um amigo ficou sabendo e me deu uma Caloi Cruiser roxa, bem enferrujada.
Segue uma foto de uma em bom estado, tirada da internet.
Agora sim eu teria uma bike elétrica, ou não. Siga os próximos posts e veja a super bike que ela se transformou.
* As baterias tiveram outra utilidade :-), a minha melhor e sempre surpreendendo criação, testando a motoca "turbinada" dele.
